Maria,
Mulher ainda moça,
Não trás no olhar a alegria
Porque escolheu ficar pra
titia.
Nunca carregou nos seus braços
Um filho nascido do seu
ventre,
Por isso não sabe o que é
viver contente.
Não conheceu os prazeres do
amor
Na sua intimidade.
Aos quarenta de idade
Sofre pra conservar a
virgindade,
Preocupada com sua
religiosidade.
Maria,
Foi dela a opção
De não entregar a ninguém seu
coração.
Diz não conhecer a solidão,
Pra sua tristeza, não tem
explicação.
Ficou diagnosticado depressão.
No seu íntimo ela sabe
Que sua doença é a falta de
maternidade.
Seu tempo já passou,
Agora não tem mais
possibilidade.
Ela ainda espera o mesmo
milagre
Da outra Maria,
Acreditando não existir
naquela
História nada de fantasia.
Existe outra realidade
Na vida de Maria,
Que será agora revelada:
Maria,
Sempre foi uma vadia,
Sua verdadeira história,
Está gravada na minha memória.
Aos vinte de idade
Ela perdeu a virgindade,
Ela nunca foi mulher de só um,
Sempre deu pra qualquer um,
Nunca teve amor por nenhum.
De onde ela veio,
Foi por muitos amada
Mas foi também muito odiada.
Aqui nesta cidade,está sendo
Idolatrada,
Pensam que ela é uma coitada.
Maria,
Pra quem não conhece seu
passado
Ela será sempre um ser
abençoado:
A Santa Maria.
Pra quem a conheceu na orgia,
Sabe que ela será sempre
A Santa Vadia.
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