Na noite
que passou
Eu caí na
folia,
Não foi à
revelia.
Tirei do
guarda roupas
Minha
velha fantasia
E me
revesti de alegria.
Disfarcei
minha tristeza,
Deixei
meu pensamento
Vagar no
vazio sem direção.
Flutuei
nas nuvens
E me
encontrei em plena solidão.
Procurei
um caminho
Que me
levasse, naquele momento,
A te
esquecer.
Cada
canção de amor
Que a
banda tocava,
No meu
peito ardia a certeza
Que mais
e mais eu te amava.
Pouco a
pouco
Fui
entristecendo,
Minha
falsa alegria adormecendo
E a cada copo
de cerveja
Que eu
esvaziava,
No fundo,
estampado
O seu
rosto eu avistava.
Pouco
tempo passou
E a minha
folia acabou.
Não
precisei tirar a fantasia
Ela se
desfez sozinha.
Encontrei-me
vestido
Novamente
com minha roupa
Tradicional,
A mesma
que tenho usado
Desde o
dia que você partiu,
Deixando-me
apenas o mal.
A todos o
meu semblante
Refletia
a saudade que sentia
Da mulher
que me prendeu
Em
tamanha agonia,
Tirando-me
a liberdade
De curtir
minha vida
Sonhando
com a felicidade.
poema extraído do livro
"Deserto de Concreto"
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