Agenor
Homem com muito vigor,
Honesto e trabalhador.
Na carteira profissional,
Ajudante geral.
Pra Agenor,
Qualquer trabalho era banal.
Era pau pra toda obra,
Tinha energia de sobra.
Agenor era calado,
Trabalhava sempre sorrindo,
Com o coração.
Não falava da sua infância,
Dizia não trazer na lembrança
Seu tempo de criança.
Não bebia e não fumava,
Em Deus não acreditava.
Todos os dias Agenor rezava.
Pra quem?
Nunca contou pra ninguém.
Agenor , homem sem leitura,
Tocava a vida com inteligência
E muita bravura.
Enfrentava as dificuldades do caminho
Sem queixas e com alegria.
Agenor,
Não sabia o que era sentir dor,
No frio ou no calor
Lá estava Agenor
Trabalhando com muito fervor.
Agenor tinha em casa um grande amor,
A mulher chamada Leonor,
Seu anjo protetor.
Agenor,
Era muito respeitado pelo seu patrão
Que reconhecia sua dedicação.
Uma tarde foi dispensado mais cedo
Pra ficar mais tempo com sua Leonor,
Ao chegar no seu barraco,
Encontrou seu amor Leonor
Nos braços de um morador
Que habitava o seu coração.
Agenor,
Pela primeira vez sentiu dor,
Ajoelhado aos pés de Leonor,
Olhou para o céu,
Viu abrir-se um branco véu,
Pediu perdão,
Pela última vez pra sua mãe
Agenor rezou.
Com um grito abafado de dor
Pros braços de sua mãe
Agenor voltou.
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