Você
é a juíza
Do
meu crime,
Crime
de tanto te amar.
Você
escreveu minha sentença
Somente
pela sua cabeça.
Fez
meu julgamento
Com
total imparcialidade
Mas
também com muita crueldade.
Não
vivenciou a minha realidade
Não
acreditou na minha verdade,
Condenou-me
à pena máxima,
Trancando-me
e me esquecendo
Na
cadeia do seu coração,
Prendendo
até mesmo
Minha
respiração.
Estou
encarcerado,
Tenho
tentado
Mas
não tenho encontrado
A
minha liberdade.
Meu
advogado, o Doutor Coração,
Também
não consegue álibi
Para
minha libertação.
Meu
destino você traçou
E
pra sempre me aprisionou
Na
solitária do nosso amor.
Você
insiste nesta maldade,
Quer-me
dentro do seu coração
Mas,
não quer mais viver
Nossa
grande paixão.
Chego
a pensar na minha solidão,
Que
a minha juíza não se deixa levar
Pela
emoção e quer mesmo
A
minha condenação.
Mesmo
tendo a certeza que mereço
O
seu perdão.
Poema
extraído do livro
Deserto
de Concreto
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