Juvenal,
Cara
sensacional,
Tinha no
olhar o brilho do cristal,
A ninguém
fazia o mal,
Demonstrava
ter elevada moral,
Passava o
tempo lendo jornal.
Juvenal,
Plantava
verduras no seu quintal,
Não
criava nenhum animal.
Só
alimentava-se
Com
comida natural
E tomava
água mineral.
Juvenal,
Diziam
que na vila era o tal,
Pra todos
foi sempre o maioral.
Não
gostava de carnaval,
Dizia ser
festa muito banal,
Sem
açúcar e sem sal.
Juvenal,
Tinha
namorada virtual,
Nem ele
sabia se ela era real.
Assistia
a missa dominical,
Próximo
ao altar, na catedral.
Assistia
o culto na Igreja Universal.
Juvenal,
Afirmava
ter vindo do sideral
E por
isso era imortal.
Numa
noite de temporal
Foi
abordado por marginal,
Ele
reagiu e foi pro hospital.
Juvenal,
Foi
atingido por um tiro fatal,
Partiu
sorrindo pra vida espiritual,
Voltou feliz
pro espaço celestial,
A bordo
de uma carruagem angelical.
Seus
amigos diziam que ele era mortal.
Poema extraído
do livro
No Pé do
Arco Íris
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