PARA REFLETIR

“Se você não pode ter o mundo a teus pés, lute para ter um grão de areia, deste mundo, em tuas mãos."

"Só não é quem nunca tentou ser.
O que importa não é ser e sim tentar ser, pra quem sabe um dia ser.
E se não conseguir ser, ser feliz com o que conseguiu ser, mesmo sem ser o que sonha ser"







sábado, 22 de março de 2014

POETIZANDO NO PIQUERI


No raiar da aurora

Que anuncia com alegria

O nascer de mais um dia,

Surge no infinito do horizonte,

Com seu brilho contagiante,

O astro rei

Que pouco a pouco

Vai vencendo a escuridão

De mais uma noite

Onde a lua tem participação.

Mais uma vez a noite vai descansar

E no aconchego do seu leito

Também vai sonhar

 E com muita paciência

Esperar o sol outra vez se deitar,

Para novamente convidar

Os casais apaixonados

Para namorar.

O dia preguiçosamente amanhece.

Ziguezagueando por entre

As majestosas árvores do Piqueri,

O poeta fica atento

Ao que tudo acontece

E em louvor ao criador

A natureza ele enaltece,

Fica inebriado

Com a beleza de cada flor,

Sente em cada uma delas

O existir da semente

Do verdadeiro amor.

Sente-se embriagado

Com cada gota de orvalho

Que em silêncio vê cair

E suavemente no chão se repartir.

Ouve dos pássaros

A mais bela sinfonia

Que o eleva a um mundo de fantasia.

Acompanha com olhar atento

O revoar brincalhão

Dos mais lindos e diversos pássaros

A voarem sobre a sua cabeça

Em um constante

Vai e vem sem destino

A procura, quem sabe,

De algum menino.

O poeta segue seu caminhar

Poetizando sem parar,

Deixando-se envolver naturalmente

Pela alucinante beleza do Piqueri.

Senta-se nas margens do lago,

Perde-se em pensamentos

Que voam junto com os pássaros.

Acompanha os patos e gansos

Que sem compromisso

Estão a nadar,

Beliscando os peixinhos

Que vê à tona se alimentar.

Deitado no verde gramado

O poeta fecha os olhos

E sonha acordado

Com toda beleza divina ali existente.

Concilia o sono e sente-se

Levado em total liberdade

Para a eternidade.

Sonha estar nas asas de um colibri

Para ser deixado no paraíso

Conhecido por parque do Piqueri.    

 
Poema extraído do livro

Deserto de Concreto             

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