Dobram os sinos
Na torre da Santo
Antonio,
Anunciando o fim
De mais um velório.
A cidade veste luto,
A tristeza está
estampada
Na face dos habitantes
Da pequenina cidade,
Que fica da capital
Muito distante.
É o fim da vida terrena
Do viúvo da Dona
Helena,
Que durante décadas
Dedicou-se de corpo e
alma
Aos cuidados da capela
Santo Antonio.
Homem quase centenário,
Muito querido pelo
vigário
E por toda população
Daquela região,
Diziam ser a
ressurreição
De algum santo protetor
Daquela feliz
comunidade,
Que nunca viu um crime
De verdade.
Apesar da avançada
idade
Era o senhor Antonino,
Homem encaminhado
Pelo Divino,
Quem comandava a
cidade,
Era prefeito, delegado,
Juiz de paz e de
batizado.
Só não era padre
Porque não era
estudado.
E agora, quem vai
ocupar
O lugar do Senhor
Antonino?
Ninguém se atrevia.
Todos esperavam
Pela resposta do
Divino.
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